terça-feira, 7 de julho de 2009

Rádio Zero

Corsage, a Banda Lisboeta que deseja o regresso do bom gosto da POP com o seu mais recente trabalho “Finito L’Amore”, uma sonoridade repleta de vibrações ora introspectivas ora ritmadas. Um disco pensado com um todo mas com particularidades, que tornam cada um dos 14 temas numa obra-prima distinta.

Revista Sábado

“A mais romântica das bandas portuguesas independentes leva à sala Nietsche do Braço de Prata uma selecção das melhores canções do muito aclamado álbum “Finito L’Amore". Imaginativos, bem ritmados, divertidos e às vezes introspectivos,os Corsage são uma grande revelação da música nacional.” Em GPS, guia semanal da Revista Sábado, 07/05/2009

Cotonete

"(...) Finito L' Amore" é o primeiro longo de estreia do quinteto da Grande Lisboa que, entre vários mimos, nos apresenta uma atraente faixa de abertura que não podíamos deixar de sugerir no Cotonete Play: chama-se 'All Their Faces'.A música em questão acentua a individualidade e a razão de existência do grupo, num corte umbilical mais consistente com o universo Tindersticks/Leonard Cohen dos Raindogs. 'All Their Faces' lembra a grandeza de alma dos inesquecíveis Triffids (uma das grandes bandas australianas dos anos 80), muito por causa do doce combinado vocal entre Henrique Amoroso e a convidada do disco Sanja Chakarun a lembrar, pelas melhores razões, o intercâmbio que existia entre o guitarrista e líder David McComb e a teclista Jill Birt que dava uma química especial ao sexteto de Perth." Gonçalo Palma no site Cotonete 11/05/2009

My Magazine

Welcome to Lisbon's view over worldwide trends.

I'm C. Kaplan: journalist, innerpreneur, cultural life voyeur & trends digger

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It’s a new romantic indie band from Lisbon. Their 1st album «Finito L’Amore» conquered the critics and the audience’s in a glance. Indifference is imposible.
Depois de lançarem o disco «Finito L’Amore» os Corsage conquistaram unanimemente a crítica e o público. Indie romântica divertida como Lisboa ainda não tinha conhecido. A não perder as datas de Lisboa e Porto em Junho.

Feedback

Num Mundo Sempre Sol


Parece-me difícil não entrar logo a matar com a referência mais óbvia ao som de Corsage, o que para mim até é um elogio e uma elegia, visto adorar ambos os grupos. Belle & Sebastian têm o seu legado aqui bem pertinho de nós neste som jovial e fresco, pop de sol e praia, Lisboa até ao por-do-sol em esplanadas de cerveja e caracóis. Ou esplanadas de vinho branco e petiscos gourmet. Esta última parece-me a mais acertada, nunca desdenhando a nossa cultura de cerveja, tremoço, caracóis e festa.


Os Corsage sonham com os olhos e as camisas bem abertas, e fogem ao calor sufocante que por estes dias se faz sentir com belos momentos pop e refrões orelhudos, que de tão frescos e leves parece que já fazem parte de nós. Logo no primeiro momento do disco, All Their Faces, somos transportados para este país colorido, naquele que é provavelmente um dos temas mais belos deste disco. Ao entrar o violino somos conquistados para a vida. O tema seguinte, Dried up, River Blues, continua com o sol nos corações, qual brincadeira de criança adulta. Porque é isso que transparece ao longo do disco: adultos a brincar como crianças alegres.


Quase a meio do disco as coisas acalmam e tornam-se ligeiramente introspectivas, sem nunca perder a identidade Corsage; este som tão seguro de si, tão consciente e tão próprio, que nos faz abrir as janelas todas e deixar entrar a brisa do final de tarde, como no rock brincalhão de faixas como Gatekeepers. Stockings are Gunpowder presta a sua homenagem ao blues e conta com uma secção de sopros à filme italiano. A transição para o "Lado B" é feita com um pequeno trecho intitulado Intervalo, um momento soberbo. Este segundo lado é mais calmo, como se fosse o lado do Inverno e por isso menos excitante.


É interessante essa separação entre dois lados, porque este disco tem, efectivamente, duas faces, mas à primeira audição este segundo lado pode passar despercebido ao ouvinte mais desatento.


Finito L'Amore pode ser demasiado pop para alguns, mas têm dois lados para escolher. Talvez esse seja o ponto fraco, embora os dois lados Corsage sejam igualmente virtuosos e belos, mas hoje em dia o tempo avança também muito mais depressa e pode haver o risco de o disco parar a meio e ser esquecido. O que é pena porque, embora prefira o lado mais solarengo, o segundo lado tem boas melodias de embalar corações. Oiçam no Inverno e no Verão, e troquem os lados ou oiçam só um de cada vez ou oiçam tudo de seguida, vão encontrar boas surpresas aqui. E sim, é música Portuguesa. Não tinha dito?

João Luis Amorim

sábado, 4 de julho de 2009