Entre a pop e alguma folk, numa viagem diferente mas feita sempre com o mesmo génio. É assim “Finito L’Amore”.
Os rapazes não são novos e têm todo o tino para saber exactamente o que fazem. Melhor ainda, o que querem. Editado em CD, “Finito L’Amore” está organizado em dois lados; às vezes diferentes mas sem nunca perderem uma semelhança de base. Se assim o pensaram, melhor o fizeram. Os Corsage oferecem-nos um lado A mais aberto, de uma frescura pop, de brincadeiras levadas muito a sério. De grande serenidade; suavidade. Depois, temos um lado B mais expansivo; não tanto na alegria expressa, mas na forma como se espraie por outros terrenos estéticos. Estilisticamente mais abrangente, o outro lado leva os sons dos Corsage para áreas como a folk, Nino Rota ou Vaudeville, como nos referiu em tempos, Nuno Damião. Sem nunca perder uma acentuada veia pop, há canções mais divagantes, fruto até de variadas combinações instrumentais, como as nascidas do trompete, clarinete-baixo, violino ou acordeão. Sobre o fundo, são como que pequenas histórias, contadas com Frederico Fellini no horizonte.
Um regresso em cheio e cheio de bom gosto, aquele que nos foi proporcionado pelo grupo de Pedro Temporão (baixo), Henrique Amoroso (voz e percussão), Carlos A. Santos (teclados e acordeão), Nuno Damião (guitarras e sopros) e Rui Coelho (bateria). Entre os convidados estão ainda os nomes de Sanja Chakarun (voz), Gonçalo Lopes (clarinete) e Carlos Santa Clara (violino). A produção foi de Hélder Nelson e da própria banda.
Rui Dinis (a-trompa.net)
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